A peça “Agro Negócio” de Marco Catalão (São Paulo, Brasil) venceu a 4ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva (2010) divulgou o júri luso-brasileiro.
O júri distinguiu também, por unanimidade, com a Menção Honrosa, a peça “Checoslováquia”, da autoria de Tiago Patrício (Funchal, Portugal).
O Prémio António José da Silva - no valor pecuniário de 15 mil euros - é promovido anualmente pelo Instituto Camões, Portugal, e pela Funarte, Brasil, em parceria com a Direção –Geral das Artes e o Teatro Nacional D.Maria II e tem como objectivo incentivar a escrita dramática, estimular o aparecimento de novos escritores de Língua Portuguesa e reforçar a cooperação entre Portugal e o Brasil.
“Agro Negócio” será editado em Portugal pela editora Leya, ao abrigo do Protocolo de Colaboração para Edição que o Instituto Camões assinou recentemente com a Leya.
O júri português foi constituído por José Maria Vieira Mendes, (primeiro vencedor do prémio) José Louro e Anabela Mendes e o brasileiro por Irene Brietzke, Roberto Alvim, António Gilberto Porto Ferreira e Luís Augusto da Veiga Pessoa Reis.
Ao prémio concorreram 30 textos em Portugal e 226 no Brasil. Foram seleccionados para a final do Prémio sete textos, três portugueses e quatro brasileiros.
Podiam concorrer textos teatrais originais de todos os géneros e para todos os públicos, “não editados e não encenados”, nem “divulgados por quaisquer meios, total ou parcialmente, até à data da publicação do resultado da selecção”, criados por dramaturgos brasileiros ou portugueses.
O prémio António José da Silva teve como vencedores a peça “A Minha Mulher” (2007), de José Maria Vieira Mendes, “The Cachorro Manco Show” (2008), de Fábio Luís Mendes e “Jardim Suspenso” (2009), de Abel Neves.
Marco Catalão (São Paulo, 1974) tem 36 anos, é dramaturgo, poeta e ficcionista. Participou da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia do Sesi/British Council (2008-2009). Em 2008, foi contemplado no programa de bolsas para autores com obra em fase de conclusão, da Biblioteca Nacional, com o livro O Cânone Acidental. Nesse mesmo ano, obteve o primeiro lugar no II Concurso Nacional de Poesia Violeta Branca Menescal, organizado pela Prefeitura de Manaus, com Palimpsestos. Ainda em 2008, obteve o primeiro lugar no 18º Concurso Nacional de Contos Luiz Vilela, com o conto Kenji. Em 2009, com No cravo e na ferradura, obteve o primeiro lugar no III Concurso Literatura Para Todos, promovido pelo Ministério da Educação, na categoria Textos da Tradição Oral. Em 2010, seu livro inédito Sob a face neutra foi contemplado pela Bolsa Funarte de Criação Literária.
Tiago Patrício (Funchal, 1979) tem 31 anos, publicou textos no suplemento DNJovem e em colectâneas de poesia do Clube Português de Artes e Ideias. Passou pela Escola Naval e pela Faculdade de Farmácia, fez escrita criativa e cursos no CENJOR, ajudou a criar o grupo de teatro Com-Siso e integrou o Grupo de Teatro de Letras. Em 2007 fez residências de criação literária em Tunis e em Praga e actualmente integra a associação cultural O Elemento Indesejado. Como dramaturgo trabalhou com a companhia Teatromosca. Escreveu as peças infantis “Paula Rego” e “Hellen Keller”, com estreia em 2009, 2010.
Venceu a quinta edição do prémio de poesia Daniel Faria (2009) com "O livro das aves".