Os fadistas António Zambujo e Carminho apresentaram-se, em Madrid, na sala de espetáculos Galileo Galilei, na zona central da capital espanhola.
Os espetáculos são o exemplo da preocupação da 8ª edição da Mostra Portuguesa, a decorrer em Espanha, em levar ao público daquele paÃs o que de mais inovador se faz no campo cultural, seja em Portugal seja na lusofonia.
As canções de António Zambujo, que sexta-feira cantou no Centro Cultural ‘La Beneficencia’, de Valência, são «parte da música mais interessante que se está a fazer agora mesmo em Portugal e vale bem a pena prestar-lhe atenção», dizem os organizadores da Mostra, que apostaram este ano «em várias figuras em franco processo emergente».
É assim que o ‘novo fado’ se apresenta em Espanha com vários dos seus nomes: Carminho, «um dos mais pujantes» que «na atualidade injetam vida verdadeira ao fado», já esteve a 6 de novembro em Oviedo, no I ciclo de noites de fado, onde atuou em outubro Joana Amendoeira e onde dará um espetáculo, em dezembro, Ana Sofia Varela, – tudo no âmbito da Mostra.
Mas um «programa cultural com clara vocação cosmopolita não podia subtrair-se à poderosa influência que as formas africanas exercem sobre o variado mostruário de manifestações artÃsticas de Portugal», consideraram os organizadores.
Brasil e Cabo Verde são dois pontos obrigatórios dessa «geografia sonora», já ilustrada por Fernanda Cabral e o DJ Tudo, a 5 de novembro, no Tempo Club de Madrid, no primeiro caso, e a concretizar no segundo caso por Lura, também sexta-feira na sala da coluna dos CÃrculo de Belas Artes de Madrid.
Programação «cosmopolita» que no campo musical ficará fechada a 23 de novembro no Instituto Cervantes de Madrid com o concerto da pianista Margarida Prates com temas de música erudita de António Fragoso, um «compositor da República» este ano centenária.