Decorre entre 24 de junho e 9 de setembro de 2016, em vários municípios portugueses e em Espanha, França, Itália Brasil e Cabo Verde, o Festival Sete Sóis, Sete Luas. Em Portugal, estão agendados eventos nos concelhos de Ponte de Sor, Alfândega da Fé, Oeiras, Odemira e Castro Verde, com concertos, teatro, dança e degustações. Esta iniciativa conta com o apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, nomeadamente no que concerne à internacionalização dos artistas portugueses.
O festival, que já conta com 24 edições, promove o intercâmbio cultural entre países e defende a mobilidade de artistas por esta rede de países, privilegiando as periferias em detrimento de grandes centros urbanos.
São quatro os centros culturais do festival que organizam exposições, laboratórios de criatividade, gastronomia e degustações, e estão localizados em Ponte de Sor, Frontignan (França), Pontedera (Itália), e Ribeira Grande (Cabo Verde). O último, inaugurado em janeiro deste ano, foi construído com os 50 mil euros do prémio Caja Granada, atribuído ao festival em 2009. No âmbito deste festival, Cuca Roseta atuará no dia 14 de julho, às 21h00, nos jardins da Embaixada de Portugal em Roma, com o apoio do Camões, I.P.
A formação é uma das novas apostas da organização, e junta-se à habitual orquestra que se forma a cada edição com músicos de países e experiências diferentes. Marco Abondanza, diretor do festival, revelou que será organizada a Revelação Sete-Sóis, em que jovens de cidades como a Sicília e a Toscana e das ilhas de Cabo Verde participantes têm a oportunidade de integrar a nova orquestra.
A Luasiberica Orkestra, formada na edição anterior, funde as sonoridades de Andaluzia, Brasil, Itália e Portugal e vai este ano viajar a vários países do universo Sete Sóis Sete Luas. “O festival leva música de qualidade e variada às pessoas, é uma experiência muito rica e humana”, diz Celina da Piedade, membro do grupo.
Ponte de Sor é o centro cultural português do festival e o presidente da Câmara do município, Hélder Hilário, reconhece “é importantíssimo conhecer novas gentes e novas culturas e levar os artistas portugueses lá fora”. Já Alfândega da Fé apenas está presente no festival há cinco anos mas quer acolher, também, um centro cultural no futuro, e poder investir no ensino artístico dos jovens.
A programação do festival oferece uma panóplia de géneros e sonoridades, como a guitarra de world music de Manecas Costa, da Guiné-Bissau, indicado aos Grammy em 2009, os Tribali Music, um grupo de Malta que toca com instrumentos do Nepal e da Índia, e os Rhymes Des 7Lunes, cinco músicos de Cabo Verde, Israel, Itália, Marrocos e Portugal, coordenados por José Peixoto, antigo membro dos Madredeus.
Há lugar, também, para a companhia de circo L’Ptits Bras, o teatro de Markeliñe e a exposição de arte urbana de Alicé e Zed1.
Mais informações em: http://www.festival7sois.eu/pt-pt/category/ano-do-festival-em-2016/#