O relatório “Foresight Africa: Top Priorities for the Continent in 2013”, lançado em janeiro pela Brookings Institution, identifica os aspetos-chave e as oportunidades a ter em conta para que em 2013 África possa continuar a “emergir”.
A Brookings Institution tem vindo a pedir aos seus académicos uma avaliação das prioridades para África no ano seguinte, desde 2010. O relatório agora lançado resulta do trabalho do grupo de reflexão Africa Growth Iniciativa (AGI), composto maioritariamente por académicos africanos do think tank da Brookings.
Dos principais temas abordados no estudo destaca-se a educação, o emprego e a segurança em África. A análise debruça-se ainda sobre casos como as próximas eleições presidenciais no Quénia ou a relações de África com a China e a Administração Obama.
Na opinião dos especialistas, “África começa 2013 com esperança e otimismo”. O estigma de “continente condenado” deixou se aplicar ao continente, que resistiu bem a diversas crises económicas globais, segundo a Brookings Institution. “Hoje o continente [África] é uma terra de oportunidades tanto para africanos como para investidores internacionais”, lê-se na introdução do relatório.
O crescimento económico de países como a Etiópia, o Gana, Moçambique ou a Tanzânia é tido pelos estudiosos como um indicador de sucesso do continente africano. A estes sinais de desenvolvimento acrescenta-se o aparecimento de uma classe média emergente, criadora de novos mercados de bens e serviços.
As facilidades de investimento, a redução dos custos de transação e a descoberta de recursos naturais adicionais são outros dos fatores a ter em atenção no ano de 2013. Para os especialistas da AGI, esta visão otimista da situação africana significa que este é “um ano importante para tomadas de decisão”, pelo que “a classe política africana e global devem antecipar aos desafios e as oportunidades”.