A Presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Florbela Paraíba, assistiu, no dia 29 de março de 2025, aos espetáculos da III Mostra de Artistas Residentes PROCULTURA que tiveram lugar na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa.
Depois de edições em Cabo Verde (2002), e em Angola (2024), esta Mostra, que decorreu entre 28 e 30 de março em vários espaços da Fundação, reuniu criações de performance e dança contemporânea de Djam Neguin, Nuno Barreto e Rosy Timas, de Cabo Verde, e Francisca Mirine, Mai-Júli Machado e Pak Ndjamena, de Moçambique, seis artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), desenvolvidas em residências artísticas, no âmbito do Programa de Mobilidade de Artistas PROCULTURA.
A Presidente do Camões, I.P., Florbela Paraíba, e António Feijó, Presidente do Conselho de Administração da FCG, reuniram-se para uma conversa com os artistas moçambicanos Francisca Mirine, Mai-Júli Machado e Pak Ndjamena, na qual foi abordada a importância das bolsas de mobilidade internacional no impulso à carreira artística destes criadores. Florbela Paraíba aproveitou, ainda, para congratular os artistas, reforçando a ideia de que “o talento existe em todo o lado e é determinante dar oportunidade aos artistas para o mostrarem”.
Francisca Mirine não escondeu o privilégio que sentiu ao poder apresentar o seu solo num palco como o da Gulbenkian e reforçou a importância que a residência artística PROCULTURA teve na sua profissionalização artística, não só como criadora, mas também como gestora da sua carreira. Pak Ndjamena, por sua vez, apontou a internacionalização do seu trabalho como a grande oportunidade proporcionada pelo PROCULTURA. Já Mai-Júli Machado, numa partilha emocionada, revelou que o programa de mobilidade internacional lhe permitiu sair pela primeira vez de Moçambique, estabelecer-se em Paris e poder mostrar o seu trabalho a alguns dos coreógrafos mais relevantes da atualidade: “O PROCULTURA é um projeto que muda vidas e eu sou a prova disso!”.
A Presidente do Camões, I.P., mostrou-se orgulhosa com o facto de o PROCULTURA ter conseguido mudar as vidas daqueles criadores e garantiu que também a vida de todos nós muda em momentos como estes, quando temos o privilégio de assistir às suas criações.
O PROCULTURA – Promoção do Emprego nas atividades geradoras de rendimento no setor cultural nos PALOP e Timor-Leste é um projeto financiado pela União Europeia, cofinanciado e gerido pelo Camões, I.P., e que conta com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. O seu objetivo principal é contribuir para a criação de emprego nos setores culturais nos PALOP e Timor-Leste, através do reforço de competências dos recursos humanos e do financiamento disponível para o desenvolvimento destes setores, especialmente nas áreas da música, das artes cénicas e da literatura infantojuvenil. Entre outras iniciativas, a ação implementou um programa de mobilidade de artistas, que, entre 2019 e 2022, atribuiu 61 bolsas internacionais para frequência de residências artísticas, envolvendo 50 criadores dos PALOP e Timor-Leste.