Portugal será um dos mais de 30 países representados na XXVI edição da Feira Internacional do Livro de Jerusalém, com início a 10 de fevereiro. Ao longo de cinco dias, a língua portuguesa será promovida através da presença de autores como os angolanos José Eduardo Agualusa e José Luís Mendonça, os brasileiros Milton Hatoum e João Gilberto Noll e os portugueses Lídia Jorge e José Luís Peixoto.
“A participação Portuguesa na Feira está a ser uma das mais aguardadas devido ao prestígio de que goza em Israel a literatura de Portugal, que conta com numerosos autores traduzidos para hebraico e vários livros prestes a serem publicados” - segundo Fernando Ferreira da Silva, Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Israel.
Uma novidade na edição de 2013 da Feira é o formato da participação lusófona, através da criação de uma parceria entre as embaixadas de Angola, Portugal e Brasil. Esta parceria tem como objetivo não só a partilha de recursos, mas também “a criação de uma plataforma destinada a sublinhar a importância do português como uma língua internacional, que, através da sua vocação natural para acomodar uma imensa diversidade de culturas e expressões literárias – respeitando a sua identidade e originalidade –, constitui hoje um fator de união entre povos e culturas de diferentes países, nos quatro cantos do mundo”, afirma Fernando Ferreira da Silva.
A par de Portugal, a feira conta com a participação de autores e editores de mais de 30 países. Cerca de 600 editoras, israelitas e estrangeiras, estarão representadas nos diversos pavilhões do recinto da feira, expondo aproximadamente 100 mil livros, escritos em mais de uma dezena de línguas.
No programa de atividades previstas encontram-se seminários e simpósios, subordinados a temas do mundo editorial, e encontros entre escritores israelitas e estrangeiros.
Um dos principais destaques vai para a entrega do Prémio Jerusalém – que distingue autor que melhor exprima e promova a ideia da liberdade do indivíduo na sociedade –, atribuído em 2005 ao escritor português António Lobo Antunes. Nas duas edições anteriores, 2009 e 2011, os galardoados foram Haruki Murakami e Ian McEwan, respetivamente.