Até 26 de março de 2017, o público de Roma vai poder ver a obra do arquiteto português, nomeadamente aquela que o liga ao sagrado, numa exposição que abriu a 9 de novembro no MAXXI – Museu Nacional da Arte do Século XXI.
A exposição Álvaro Siza, Sacro – que tem o apoio do Camões, I.P., – segue-se a um encontro do Prémio Pritzker de Arquitetura de 1992 com arquitetos e estudantes de arquitetura italianos, no auditório do MAXXI, a 27 de outubro.
A instalação no museu MAXXI apresenta vídeos das intervenções do arquiteto português e os modelos de alguns projetos, entre os quais o da nova estação da Piazza Município, em Nápoles, e, reproduzida em madeira, a pequena ‘capela de meditação, concebida para uma cidade japonesa, para além de uma série de desenhos e objetos que revelam a sua ligação com o sagrado.
Aos projetos de âmbito religioso, juntam-se outros nos quais a sacralidade é apresentada num modo menos direto, através de um percurso de grandes paredes inclinadas, espaços amplos alternados com outros propositadamente estreitos, num diálogo e contraposição com os patentes no museu projetado pela arquiteta britânica de origem iraquiana Zaha Hadid (1950-2016).
Nas paredes são projetadas as fotografias de alguns projetos de Siza, com obras por todo o mundo, da autoria de seis fotógrafos internacionais. As fotografias de Fernando Guerra, Nicolò Galeazzi, José M. Rodrigues, Leonardo Finotti, Luís Ferreira Alves e Mimmo Jodice descrevem os ambientes concebidos por Siza nos quais se pratica o culto religioso, mas também a calma da atmosfera na qual a natureza e a paisagem são princípios da sacralidade.