O poeta António Ramos Rosa, considerado uma das maiores figuras da poesia portuguesa do século XX, morreu hoje, 23 de setembro de 2013, aos 88 anos, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, em consequência de uma pneumonia.
Poeta, ensaísta e tradutor, Ramos Rosa nasceu em Faro, a 17 de outubro 1924. Em 1958, iniciou a sua obra poética com a publicação de O Grito Claro. Nas décadas de1950 e 1960, fundou a revista Árvore e codirigiu as revistas Cassiopeia e Cadernos do Meio-dia, tendo sido colaborador em diversas publicações portuguesas (A Capital, Artes & Letras, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Diário Popular, entre outras), bem como em publicações francesas, espanholas e brasileiras.
Ao longo de uma vida dedicada à escrita e também ao desenho, António Ramos Rosa organizou e prefaciou várias antologias, traduziu poemas de Paul Éluard e publicou diversos artigos e ensaios. Distinguido com o Prémio Pessoa em 1988, o poeta e ensaísta deixa uma vasta obra com cerca de uma centena de títulos, traduzida em várias línguas.