Vai decorrer de 1 a 7 de setembro de 2017, em Macau, o programa de comemorações dos 150 anos do nascimento de Camilo Pessanha, com a colaboração de diversas instituições locais e o grande impulso do jornalista Carlos Morais José, diretor do jornal Hoje Macau. O Camões, I.P. apoia esta iniciativa.
O lançamento da mais recente edição da “Clepsidra”, que vai decorrer no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, marca o arranque das comemorações dos 150 anos do nascimento do poeta, que viveu entre 1894 e 1926, na cidade onde morreu.
Ao longo de uma semana, no edifício do antigo tribunal de Macau, Pessanha vai ser lembrado através de um conjunto de exposições de artes plásticas e de fotografia, conferências, inauguração de arte pública e lançamento de vários livros.
No dia 1 de setembro, começa a semana dedicada a Camilo Pessanha com a inauguração de duas exposições: uma de artes plásticas, com o título “Pessanha, a última fronteira”, com a participação de vários artistas de Macau com obras “inspiradas no poeta”. A outra exposição, “Cleptocronos”, é de fotografia, de António Falcão.
A 7 de setembro, dia em que Pessanha nasceu, vai realizar-se “uma romagem ao cemitério, seguido de um almoço com a família do poeta” na Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC). A sessão de encerramento das celebrações vai estar a cargo de Luís Sá Cunha, com uma intervenção sobre “Por que é Camilo Pessanha o poeta de Macau”.
Além das exposições, conferências e recitais de poesia em mandarim, cantonense e português, vão ser lançados sete livros: “Abril” de Amélia Vieira, “O exorcismo” de José Drummond, “Returning home dirty with the light” de Rui Cascais, “Karadeniz – Entrevista com um assassino” de Paulo José Miranda e “Morri” de António Falcão.
No dia 15 de setembro, o Instituto Português do Oriente organiza, ainda, a projeção de 6 curtas-metragens (realizadas por formandos do curso geral do IPOR), associando Pessanha e Macau, no Café Oriente, onde se poderá ver a exposição "Camilo Pessanha - Um Poeta ao Longe" a partir do dia 8; e o envio de 40 postais alusivos a Pessanha em Macau, (concebidos por formandos do curso geral), que serão simbolicamente depositados num marco do correio, no IPOR, dirigidos a estudantes de Português em Universidades em Pequim, promovendo Pessanha e Macau como espaço cultural.
Em outubro, será apresentado um roteiro na cidade, alusivo a Pessanha, que dará origem a um folheto em português e chinês e à realização - aberta ao público - desse roteiro, com a orientação e os comentários de João Guedes, ao longo do percurso.