O vídeo oficial de apresentação da Reserva Mundial da Biosfera da ilha do Príncipe, aprovada pela UNESCO a 12 de julho 2012, depois de um processo de candidatura cofinanciado pela Cooperação Portuguesa, pode ser visto na internet em http://www.youtube.com/watch?v=ExgOp2YIz3s.
O documentário, com 5’42’’, foi produzido pelo Governo Regional da ilha do Príncipe em parceria com a Empresa HBD e tem a assinatura de Jerónimo Moniz e Nilton Medeiros.
A preparação da candidatura entregue em agosto de 2011 consistiu, nomeadamente, na recolha de informação sobre o ecossistema da ilha e a sua interação com a ocupação humana, com a realização de trabalhos de campo por especialistas de diversas áreas. Numa segunda fase, foi produzida cartografia e feita uma recolha fotográfica da fauna, flora, paisagem, património, história e vivências socioculturais. Todo este trabalho deu origem a um dossiê de candidatura, remetido pelas autoridades de São Tomé e Príncipe à UNESCO.
Com 31 milhões de anos, a ilha do Príncipe, uma das três ilhas vulcânicas do Golfo da Guiné, tem uma densa floresta tropical húmida com uma grande diversidade de espécies vegetais e animais, tanto marinhas como terrestres, em boa medida ainda por estudar devido ao seu caráter remoto, segundo diversos investigadores que têm trabalhado na ilha. Estas espécies têm importância para a conservação da diversidade biológica a um nível global.
Uma das suas especificidades está no convívio equilibrado entre a reduzida população da ilha (cerca de 8 mil habitantes na área da reserva da biosfera) e a sua diversidade ecológica, com práticas que os responsáveis da ilha consideram sustentáveis. As principais atividades económicas da ilha do Príncipe são a agricultura, a pesca e o turismo.
A reserva compreende toda a área emersa da ilha do Príncipe e os seus ilhéus do Bom Bom, Boné de Jóquei, Mosteiros, Santana e Pedra da Galé e ainda pelas ilhas Tinhosas, localizadas a cerca de 20 quilómetros a Su-Sudoeste da ilha do Príncipe, bem como pelas áreas marinhas adjacentes na metade setentrional da ilha do Príncipe e das ilhas Tinhosas.
Segundo o documentário, o plano de gestão da reserva da ilha do Príncipe inclui a criação de um sistema de certificação das boas práticas ambientais de sustentabilidade para produtos e serviços; promoção e desenvolvimento do turismo de natureza, ecoturismo, agroturismo, turismo responsável; recuperação e criação de trilhos, estruturas para percursos pedestres e acessibilidade às zonas mais representativas da reserva; reflorestação e controlo do abate de árvores; monitorização e conservação das tartarugas marinhas; investigação da origem de danças tradicionais.
Recentemente, passou a ser a primeira reserva da biosfera africana a integrar a rede de reservas da biosfera insulares e costeiras.