Será inaugurada no dia 22 de junho de 2016, às 18h00, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, a exposição Habitantes do Desenho II, que conta com o apoio do FUNDAC. Depois de Maputo, onde estará patente até 15 de julho, a mostra será apresentada em setembro no Centro Cultural Português – Polo na Beira.
Carmen, Famós, Ídasse, Luís Cardoso, Miguel César, Mendonça, Pinto e Walter Zandsão os oito artistas moçambicanos que se juntaram para realizar a segunda exposição coletiva sob a égide do coletivo Habitantes do Desenho.
Criado em 2013, o coletivo Habitantes do Desenho pretende partilhar com o público um conjunto de trabalhos e reflexões sobre o desenho enquanto prática artística e enquanto “motor de reflexões sobre a nossa relação com o mundo”. É essa reflexão sobre o desenho como ponto de partida para uma complexa teia de relações com outras áreas e com o mundo que está na génese desta exposição.
Como afirma Severino Ngoenha no texto do catálogo desta exposição, o que parece pertinente neste grupo de artistas é eles estarem “obcecados por temas comuns: os peixes de Ídasse onde os grandes devoram os pequenos; os peixes de Famós que procuram água em terra firme (alusão à seca e à fome); o mendigo de Pinto, as duas facetas de Mendonça, o voo ou não voo de Walter Zand parecem invocar as vicissitudes e discrepâncias do Moçambique atual.” E Ngoenha conclui: os artistas aqui representados são “intérpretes de preocupações do nosso país e do nosso tempo”.