A exposição Nós, os de Orpheu, fruto de uma parceria entre a Casa Fernando Pessoa e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. está disponível desde o dia 7 de maio de 2015, para circulação internacional e nacional, enquadrando-se nas celebrações dos 100 anos da revista "extinta e inextinguível" Orpheu.
Desenhada de raiz para circular em vários contextos, escolas, bibliotecas, centros de língua, esta exposição procurou um ângulo que permitisse apresentar a revista Orpheu e o grupo que a criou a partir de dentro, quer isto dizer: a partir dos contributos dos seus protagonistas, tanto no tempo histórico da revista, como posteriormente e a partir das memórias que estes autores e artistas nos legaram.
Nas palavras da comissão científica, Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro, Sílvia Laureano Costa:
"Há 100 anos um grupo de jovens publicou uma revista: Orpheu. Saíram apenas dois números. Foi o bastante para lançar a polémica e agitar o cenário artístico português, adormecido nas linhas estéticas novecentistas". Orpheu, revista e geração, “foi o primeiro grito moderno que se deu em Portugal”, na expressão de José de Almada Negreiros.
A exposição Nós, os de Orpheu – título parafraseado do texto de Fernando Pessoa na revista Sudoeste 3, em 1935 –, traça o percurso da revista e dos seus protagonistas, recorrendo, muitas vezes, às próprias palavras dos “órficos”.
Através da reprodução de diversas obras e documentos (fotografias, recortes de imprensa, correspondência, manuscritos, etc.), apresenta-se o “Nós” que formou Orpheu e alargam-se perspetivas de leitura a todos “Nós” que, um século depois, continuamos a descobrir Orpheu. Porque, como Pessoa concluiu: “Orpheu acabou. Orpheu continua.”
O ambiente gráfico e expositivo foi desenvolvido por Sílvia Prudêncio.
Nós, os de Orpheu circulará internacionalmente através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e, nacionalmente, através da Casa Fernando Pessoa.