A partir de setembro de 2014, o departamento de Estudos Ibéricos e Latino-Americanos da Universidade do Massachusetts-Boston vai contar com uma nova cadeira de Estudos Lusófonos.
O concurso para a contratação de um professor assistente, especialista em Estudos Lusófonos, foi agora lançado por aquele departamento da universidade norte-americana, descrita como uma instituição de ‘investigação intensiva’ pela classificação da Fundação Carnegie das escolas de ensino superior dos Estados Unidos.
Entre outras funções, o novo professor terá de desenvolver um currículo de formação em Estudos Atlânticos e deverá ser capaz de «contribuir para o desenvolvimento de uma nova graduação minor em Estudos Lusófonos e um programa de mestrado em Estudos Ibéricos e Latino-Americanos».
A existência de uma maior oferta relativa à língua, literatura e cultura portuguesa e lusófona na UMass-Boston tem sido defendida, desde a criação, em março de 2010, do Centro de Língua Portuguesa/Camões, IP (CLP) naquela universidade, por diversas entidades portuguesas nos Estados Unidos, entre as quais o Consulado-Geral de Portugal em Boston, a Coordenação do Ensino do Português e os leitorados da área consular, refere Maria Isabel Madureira, responsável pelo CLP de Boston.
Numa reunião com o reitor (provost) Winston Langley, os responsáveis portugueses defenderam que a criação de uma cadeira de Estudos Lusófonos não só enriqueceria o departamento de Estudos Ibéricos e Latino-Americanos, como permitiria tirar maior partido das atividades promovidas pelo CLP, bem como permitir que as comunidades lusófona, vasta na região, e americana tivessem acesso a mais recursos e ofertas académicas.
Na sequência do aparecimento de uma oportunidade no departamento, o reitor sugeriu a criação de uma nova cadeira relacionada com Portugal e o mundo lusófono, para cuja regência está agora em concurso a contratação do respetivo professor.
Para Maria Isabel Madureira, «esta é uma conquista para todos nós que nos temos empenhado em divulgar e solidificar a presença da língua portuguesa na Nova Inglaterra» e «mais uma forma de projetarmos a língua e a cultura lusófona num território tão vasto e com tanto potencial».