Celebra-se hoje, 5 de junho, o Dia Mundial do Ambiente. Tendo o Paquistão como país anfitrião, este ano a comemoração deste Dia Mundial dedica-se ao tema da “Restauração dos Ecossistemas”, com o objetivo de alertar consciências para a importância da aproximação do ser humano ao meio ambiente. Será também lançada a “Década para a Restauração dos Ecossistemas, 2021 – 2030”, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU).
A origem do Dia Mundial do Ambiente remonta à conferência sobre questões ambientais que, sob a égide da ONU , teve lugar em Estocolmo, em 1972. Desde então, tem sido percorrido um longo caminho em matéria de sensibilização para a importância da preservação do meio ambiente. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, nesta que é a “Década da Ação”, constitui a referência à escala global no que respeita a erradicação da pobreza, através do desenvolvimento económico, social e ambiental.
Este tem sido um tema central na ação da Cooperação Portuguesa junto dos seus países parceiros, em particular nos PALOP e Timor-Leste. A intervenção do Camões, I.P. neste domínio tem-se realizado através de assistências técnicas focadas no apoio às comunidades e na capacitação das instituições e respetivos quadros técnicos, em áreas que abrangem energias renováveis, água e saneamento, resíduos, biodiversidades, mitigação e adaptação às alterações climáticas. Este esforço tem sido possível conjugando esforços de entidades públicas, privadas e da sociedade civil com o objetivo de apoiar os nossos parceiros no cumprimento dos seus compromissos no contexto da Agenda 2030 e da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas/Acordo de Paris.
A transição verde é um tema central da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE) no corrente semestre, incluindo no que respeita a cooperação para o desenvolvimento, sendo de destacar a realização do Fórum de Alto Nível “União Europeia-África de Investimento Verde”, a 23 de abril de 2021, organizado pela Presidência Portuguesa em colaboração com o Banco Europeu de Investimento. O evento foi o culminar de uma série de Green Talks que o precederam, num diálogo inédito entre a União Europeia (UE) e a União Africana , que alertou para a urgência dos efeitos das alterações climáticas, mas também para as oportunidades em matéria de investimento verde para os dois continentes. Consulte a Declaração que resultou deste Fórum aqui.
Adicionalmente, a Presidência Portuguesa tem vindo a promover o debate sobre a troca de boas práticas entre a UE e os seus Estados Membros e sobre os impactos negativos das alterações climáticas e da degradação ambiental na conceção e prestação de ajuda humanitária, dando ênfase à integração da resiliência e redução do risco de desastres na resposta humanitária, nomeadamente em contextos frágeis.