Celebrou-se, a 25 de abril, o Dia Mundial da Luta Contra a Malária. Atualmente, uma criança morre de malária a cada minuto que passa. Embora a luta contra esta doença seja um dos maiores sucessos de saúde pública da humanidade, com a taxa de mortalidade anual a cair quase para metade nas últimas duas décadas, os casos e mortes por malária estão a aumentar novamente, devido à estabilização dos fundos e ao impacto da COVID-19. As alterações climáticas e os transportes globais ameaçam impelir os mosquitos transmissores da malária para áreas tradicionalmente não afetadas e a resistência aos medicamentos e inseticidas está a aumentar.
Novas ferramentas – incluindo redes mosquiteiras mais eficazes tratadas com uma combinação de inseticidas – abrem novas possibilidades na luta contra a malária e, de acordo com o Relatório de Resultados de 2022 do Fundo Global, foram distribuídas 133,2 milhões de redes mosquiteiras, fundamentais para o combate à doença. Entre 2021 a 2024, o Fundo Global espera investir 50 milhões de dólares para introduzir novas redes tratadas com inseticidas para combater mosquitos transmissores da malária que se tornaram resistentes aos inseticidas tradicionais. Espera-se que a atual reposição de verbas para o Fundo permita reduzir as mortes por malária em 62%, reduzir os casos em 66% e eliminar a malária em mais seis países até 2026.
Criado em 2002 pelas Nações Unidas e pelo então G8 (em parceria com governos, representantes da sociedade civil e o setor privado), o Fundo Global para o Combate à SIDA, Tuberculose e Malária consiste, hoje, numa importante parceria destinada a acelerar o fim das três epidemias em todo o mundo.
A parceria entre o Fundo Global e oito países lusófonos — Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste — já salvou mais de 2 milhões de vidas, desde 2002.
Em setembro de 2022, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, anunciou na VII Conferência de reposição de fundos do Fundo Global, organizada pelos Estados Unidos da América, em Nova Iorque, uma contribuição de Portugal de 1,5 milhões de euros para financiamento das atividades no triénio 2023-2025. Esse montante é assegurado conjuntamente pelos orçamentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e do Ministério da Saúde.
Mais informações sobre esta doença no site oficial do Fundo Global (The Global Fund).
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