A propósito do Dia Internacional da Paz, celebrado a 21 de setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) destaca a importância da educação, “vital para fomentar a cidadania global e construir sociedades pacíficas”.
Em mensagem oficial, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defende que “todas as raparigas e rapazes merecem ter uma educação de qualidade” e recorda Malala Yousafza, a menina paquistanesa, assassinada por ter feito uma campanha sobre o direito a uma boa educação.
Ban Ki-moon sublinha ainda que será necessária “uma liderança política firme e um maior compromisso financeiro” para educar as crianças mais pobres e marginalizadas. O comunicado do secretário-geral da ONU termina com uma exortação: “Vamos investir nas escolas e nos professores que vão construir um mundo justo e inclusivo, que abrace a diversidade.”
Mensagem na íntegra:
O Dia Internacional da Paz é um tempo de reflexão – um dia em que reiteramos a nossa crença na não-violência e apelamos a um cessar-fogo global.
Pedimos às pessoas de todo o mundo para fazerem um minuto de silêncio ao meio-dia (hora-local) para honrar aqueles que perderam a vida em conflitos e os que sobreviveram e vivem hoje com o trauma e dor.
Este ano damos destaque à Educação para a Paz. A educação é vital para fomentar a cidadania global e construir sociedades pacíficas.
Em Junho, Malala Yousafza, a menina paquistanesa, alvo de assassinato pelos Talibã, por ter feito uma campanha sobre o direito a uma boa educação, veio as Nações Unidas. Malala afirmou: “Um professor, um livro, uma caneta, podem mudar o mundo”. Estas são as nossas armas mais poderosas.
Foi por isso, que lancei no ano passado, a Iniciativa “Educação Global em Primeiro Lugar”. Todas as raparigas e rapazes merecem ter uma educação de qualidade e aprender os valores que lhes permitirão ver a si próprios como parte da comunidade global.
Os Governos e parceiros de desenvolvimento estão a trabalhar para colocar todas as crianças na escola, e dessa forma prepará-las para a vida no século XXI. Existe uma nova dinâmica nos países com maiores necessidades, tais como aqueles que são afetados pelos conflitos, onde a maioria das crianças não têm uma educação. Temos de agir mais – muito mais. 57 milhões de crianças ainda não têm acesso à educação. Outros milhões necessitam de melhores condições educativas.
Educar as crianças mais pobres e marginalizadas vai requerer uma liderança política firme e um maior compromisso financeiro. Mesmo que ajuda pública para a educação tenha caído pela primeira vez numa década. Temos de inverter esta tendência, formar novas parecerias, e atrair mais atenção para a qualidade da educação.
Neste Dia Internacional da Paz, comprometamo-nos a ensinar às nossas crianças o valor da tolerância e do respeito mútuo. Vamos investir nas escolas e nos professores que vão construir um mundo justo e inclusivo, que abrace a diversidade. Vamos lutar pela paz e defendê-la com todas as nossas forças.