Os primeiros sete finalistas do curso de ‘Ensino de Linguística / Português’, do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) do Huambo, Angola, defenderam com sucesso a sua tese de licenciatura a 21 de julho de 2016, indicou Arsénio da Silva Cruz, leitor do Camões, I.P. naquela instituição que tem como vocação única e exclusiva a formação de professores para todos os níveis de ensino, incluindo o superior.
O curso de ‘Ensino de Linguística / Português’ foi criado ainda no princípio dos anos 90 naquela cidade do planalto central de Angola, mas com o reacender da guerra civil – que provocou enormes destruições no Huambo –, foi suspenso, na sequência do encerramento do próprio ISCED.
O Instituto, que integrava o polo do Huambo da Universidade Agostinho Neto, com sede em Luanda, reabriu em 2003, tendo entretanto ganho autonomia com a reforma de 2009, que estabeleceu e reorganizou a rede de instituições de ensino superior públicas de Angola, respondendo o seu diretor-geral, Mário Rodrigues, perante o titular da pasta da Educação.
A reabertura do curso, que equivaleu na prática a uma refundação, ocorreu no ano letivo de 2011 (coincidente com o ano civil), o primeiro em que funcionou a nova licenciatura de Português, três anos depois da chegada ao ISCED do leitor do Camões, I.P., anteriormente colocado na instituição homóloga do Lubango, onde trabalhou sete anos.
Os primeiros sete licenciados fazem parte de um contingente mais amplo de 40 finalistas do curso. Desses sete, Arsénio da Silva Cruz destaca os nomes Carlos Gonga, António Kingue, Francisco Tchilonga, Paulo Mulele e Arsénio Ukussama, que já são monitores do curso de cinco anos, o último dos quais, dedicado à elaboração da tese de licenciatura. Estes monitores poderão agora vir a ser requisitados como assistentes do curso.
A licenciatura de ‘Ensino de Linguística / Português’, uma das três que integra o Departamento de Letras Modernas do ISCED do Huambo, tem presentemente cerca de 220 alunos, espalhados pelos seus quatro anos curriculares, com destaque para o atual 1º ano, que só por si tem a frequência de 100 alunos, em resultado da abertura neste ano letivo do curso noturno.