A Cinemateca Nacional do Chile vai acolher de 1 a 7 de outubro uma mostra de documentários sobre criadores portugueses ou com uma forte ligação a Portugal.
São sete os documentários que durante uma semana serão exibidos na Cineteca Nacional Palacio de La Moneda, em Santiago do Chile, numa iniciativa conjunta desta entidade, da Embaixada de Portugal e do Camões, IP.
Autografia (2004), de Miguel Gonçalves Mendes, retratando a trajetória e a individualidade do poeta e pintor surrealista Mario de Cesariny, abre a mostra, a 1 de outubro (repetição a 7, no encerramento), que ao segundo dia apresenta o documentário de Fernando Lopes sobre Pina Bausch, Lissabon Wuppertal Lisboa (1998) – projeção repetida a 5 -, quando a capital portuguesa recebeu a coreógrafa e bailarina alemã e a sua companhia Tanztheater Wuppertal numa ‘residência’ de três semanas, respondendo a um convite do Festival dos 100 dias.
Ainda 2 de outubro O Arquitecto e a Cidade Velha (2003), de Catarina Alves Costa, mostra Álvaro Siza Vieira, e a sua equipa a coordenar o projeto de recuperação da Cidade Velha, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, na sua candidatura a Património Mundial da UNESCO.
Miguel Gonçalves Mendes regressa a 3 de outubro com a aclamada longa-metragem José e Pilar (2010) – repetida a 6 -, que «retrata a relação entre José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, e Pilar del Río, a sua mulher».
Seguem-se a 4 de outubro dois documentários sobre artistas visuais. Coração Independente (2008), traz-nos Joana Vasconcelos, que a realizadora de Joana Cunha Ferreira acompanhou ao longo de quase um ano, «seguindo de perto a montagem de uma das suas peças mais icónicas Dorothy». Pedro Calapez – Trabalhos do Olhar (2009), de Luis Miguel Correia, 2009, apresenta-nos «um dos artistas portugueses com maior destaque internacional», cuja obra se desenvolve de forma consistentes desde os anos 70.
A sétima obra da série, exibida a 5 de outubro, é Pintura Habitada (2006), de Joana Ascenção, sobre a artista plástica Helena Almeida, que «desde os finais dos anos 60, desenvolveu uma obra na qual explora os limites da auto-representação e as fronteiras dos diferentes meios que utiliza, quer sejam a pintura, o desenho, a fotografia ou o vídeo».