O “Camões dá que falar” recebeu, no dia 18 de março de 2019, o escritor moçambicano Mbate Pedro, que escolheu como fio condutor da sua intervenção a “Mobilidade e a Literatura”, já que se considera um “produto de viagens e mobilidade”. Mbate Pedro defendeu maior mobilidade no seio da CPLP, no que concerne às obras literárias, tendo em vista um maior conhecimento mútuo sobre a literatura que se produz nas várias geografias que têm a língua portuguesa em comum. Seguiu-se um animado debate com o público a colocar questões acutilantes ao escritor sobre a nova literatura moçambicana e a sua projeção no mundo.
Mbate Pedro nasceu a 2 de março de 1978, em Maputo, Moçambique. É autor de vários livros de poemas, com destaque para Minarete de Medos e Outros Poemas (Índico, 2009), Debaixo do Silêncio que Arde (Índico, 2015), Vácuos (Cavalo do Mar, 2017) e Os Crimes Montanhosos (Cavalo do Mar, 2018), em co-autoria com António Cabrita. Com Debaixo do Silêncio que Arde foi agraciado com o Prémio BCI 2016 (para o melhor livro do ano publicado em Moçambique) e com uma menção honrosa do Prémio Glória de Sant’Anna 2015 (Portugal). Vácuos foi finalista do Oceanos 2018, Prémio Literário para os Autores dos Países de Língua Portuguesa. Mbate tem os seus textos (poemas e ensaios) dispersos em várias revistas literárias e jornais e tem colaboração em diversas antologias. Trabalhos seus estão traduzidos para inglês e italiano. Integrou o júri do Prémio José Craveirinha 2008. É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).