Cabo Verde: PROCULTURA participou num dos maiores mercados da World Music da Região Africana, Atlantic Music Expo

Publicado em quinta-feira, 24 abril 2025 12:44

O PROCULTURA participou na 11ª edição do «Atlantic Music Expo» (AME), que teve lugar entre 7 e 10 de abril de 2025, na cidade da Praia, em Cabo Verde. Durante quatro dias, o PROCULTURA fez parte daquele que é um dos mais relevantes encontros de profissionais da música dos dois lados do Atlântico, criando importantes redes de sinergias e oportunidades futuras.

A par dos mais de 20 showcases musicais, durante os quatro dias do evento, a capital de Cabo Verde foi palco de workshops, encontros entre profissionais da música e conferências. Inserido nesta programação, o PROCULTURA abriu a primeira tarde do AME com o painel "PROCULTURA: Capacitação, Profissionalização e Internacionalização no Setor Cultural e Criativo", que decorreu no Palácio da Cultura Ildo Lobo e contou com as participações de Ivanildo Fernandes, Diretor-Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC); Vladmir Ferreira, coordenador dos Cursos de Estudos Superiores Profissionalizantes na área da Cultura da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV); Felícia Silva, promotora musical, gerente de projetos culturais e colaboradora do projeto Marimba; e Conceição Delgado, coordenadora do projeto Música Gera Cultura, Música Gera Economia, da Mariventos.

Na temática da capacitação, o professor Vladmir Ferreira recordou o desafio lançado pelo MCIC à Uni-CV de pensarem em ofertas educativas no setor das artes e da cultura, que se materializou numa candidatura conjunta aos apoios PROCULTURA. “Temos, neste momento, dois cursos com a duração de 18 meses, que vão produzir dois perfis de profissionais: produtores e gestores culturais. Com o apoio do PROCULTURA, a Uni-CV está a agir nas carências do país, cumprindo, assim, a sua missão de ensino público”, referiu. O tema da profissionalização e regulação do setor cultural ficou a cargo de Ivanildo Fernandes, que se confessou expectante em relação ao projeto de lei que permitirá regular o Estatuto do Artista em Cabo Verde: “A aprovação do Estatuto (do Artista) dá resposta à classe e é fundamental para o desenvolvimento do setor no país.” Numa intervenção espontânea, Augusto Veiga, Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, que assistia ao painel, revelou que a 17 de abril será feita a apresentação pública deste projeto de lei, que será posteriormente levado ao Conselho de Ministros e à Assembleia Nacional, e confessou que a sua aprovação “será uma vitória muito grande para classe artística”. A regulamentação do Estatuto do Artista é um projeto do Governo que conta com o apoio do PROCULTURA.

Para além do painel, o PROCULTURA marcou ainda presença no AME com um stand de divulgação do projeto e apresentação de resultados, e com a dinamização de concertos no Mercado da Música. Pelo Palco Municípios, no centro da cidade da Praia, passaram artistas como Gabriela Mendes e Zul Alves, que tiveram o apoio do PROCULTURA na produção dos seus primeiros álbuns; Soren Araújo, o Duo Melodia J&A e o grupo de Batucadeiras De Cruz Marques, todos beneficiários do projeto. No auditório do Mercado da Música, o PROCULTURA promoveu ainda uma atividade do projeto Cimboa: Património para o Desenvolvimento Sustentável, onde o Mestre Pascoal ensinou a tocar o clássico instrumento originário de Cabo Verde.

Também nos showcases oficiais do evento brilharam artistas apoiados pelo PROCULTURA. Na noite de 9 de abril, Karyna Gomes subiu ao palco da Praça Luís de Camões, acompanhada pelo guitarrista Jery Bidan, que na noite anterior já tinha partilhado palco com Fattu Djakité.

A participação no AME constituiu uma excelente oportunidade para dar a conhecer alguns dos projetos e artistas apoiados pelo PROCULTURA a agentes e programadores musicais, assim como para reforçar o canal de comunicação e parcerias com as entidades públicas do setor artístico e cultural de Cabo Verde.

O PROCULTURA é um projeto financiado pela União Europeia, que é gerido e cofinanciado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e conta também com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. Tem como objetivo contribuir para a criação de emprego em atividades geradoras de rendimento na economia cultural e criativa nos PALOP e em Timor-Leste.


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