No dia 30 de junho de 2016, no município de Itapecuru-Mirim, no Estado do Maranhão, é inaugurada uma instalação agroindustrial de produção de farinha de mandioca, no quadro do projeto “Ká Amubá - Promoção de Tecnologias de Economia Solidária em áreas de Quilombos, no Maranhão”, promovido pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (Portugal) e pela ACONERUQ - Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão.
Este projeto (2013-2016) tem como objetivo promover o aumento da geração de rendimento familiar e a melhoria das condições de salubridade das comunidades rurais Quilombolas do Maranhão, apostando no reforço das atividades produtivas locais com base em princípios de economia solidária e inclusão social.
O Estado do Maranhão é considerado um dos mais pobres do Brasil. Um quilombo é “toda comunidade negra rural que agrupe descendentes de escravos, vivendo de cultura de subsistência e onde as manifestações culturais têm forte vínculo com o passado” (Associação Brasileira de Antropologia).
Esta intervenção foi reconhecida como uma boa prática no desenvolvimento de metodologias participativas pelo Governo do Maranhão, pela FAO e pelas Nações Unidas. E beneficia do cofinanciamento da União Europeia (U.E.) e do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. Trata-se da continuação do “Projeto de Apoio a Comunidades no Brasil: Iniciativas Inovadoras de Desenvolvimento Sustentável” (2004-2009) e do projeto “O percurso dos Quilombos. De África para Brasil e o Regresso às Origens” (2009-2012), também cofinanciados pela U.E. e pela Cooperação Portuguesa.