O Conselho de Segurança das Nações Unidas indicou formalmente o nome de António Guterres para o cargo de Secretário-Geral da ONU. O anúncio foi feito na quinta-feira, dia 6 de outubro de 2016, em Nova Iorque. A assembleia geral da ONU deverá, segundo a Reuters, reunir-se na próxima semana para ratificar o nome do antigo Primeiro-Ministro português.
No encontro com a imprensa a seguir à reunião à porta fechada em que o Conselho de Segurança da ONU formalizou a escolha de António Guterres, o Embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, quis destacar "o processo muito claro de unanimidade" dentro daquele órgão.
"O mais importante é este sentido de unanimidade e unidade do Conselho, que espero que seja também veiculado pela assembleia geral da ONU", afirmou o responsável russo, que ocupa neste momento a presidência do Conselho.
Questionado pela imprensa sobre qual espera que seja o foco da actuação de António Guterres, Churkin foi taxativo: "Trata-se de um homem muito empenhado e inteligente, não posso falar por ele".
À sexta votação, o candidato português recebeu 13 votos favoráveis e duas abstenções dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
António Guterres aceitou, numa declaração à imprensa, lida às 17h00, em Lisboa, a nomeação para secretário-geral das Nações Unidas
"Para descrever aquilo que sinto: humildade e gratidão". Foi com estas palavras que António Guterres aceitou, esta quinta-feira, a nomeação pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU do seu nome para próximo secretário-geral das Nações Unidas.
Falando no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português sublinhou que a decisão dos membros do CS se realizou num "processo exemplar de transparência e abertura".
António Guterres disse que foi com emoção que constatou que o Conselho de Segurança tenha conseguido tomar a sua decisão em unidade e consenso" e desejou "que tal facto seja simbólico para que em unidade e com consenso tenha a capacidade de tomar as decisões que o mundo moderno exige.
António Guterres expressou ainda humildade "face aos enormes desafios" que o mundo apresenta, "humildade" para servir os mais vulneráveis, as vítimas dos conflitos, do terrorismo, da pobreza ou das injustiças".
Com RTP, DN, LUSA e Público
Mais informação e declarações em: http://www.rtp.pt/noticias/mundo/guterres-a-escolha-para-a-onu-acompanhe-em-direto_e952160