Teve lugar entre 4 e 8 de julho de 2022, no Lubango, Huíla, o Workshop Interprovincial de Consenso Técnico e Formação no Sistema de Vigilância Nutricional, tendo como principal resultado a conjugação de 24 recomendações para a atualização do Sistema de Vigilância Nutricional da Plataforma de Informação Distrital de Saúde DHIS-2 / Nutrição, fundamentais para o papel da saúde na comunidade.
Os dados do Sistema de Vigilância Nutricional da plataforma DHIS-2, integrados no Sistema de Informação Sanitária (SIS) de Angola deverão refletir “o trabalho excecional que o agente comunitário presta à sociedade enquanto elo entre as comunidades e as unidades sanitárias”, afirmou Ketha Francisco, Chefe do Departamento de Cuidados Primários de Saúde na Direção Nacional de Saúde Pública, à margem do encontro.
Clementina Silva, Coordenadora da equipa técnica nacional da plataforma DHIS-2 em Angola (plataforma presente em 164 municípios), agradeceu a “força, entrega, resiliência e persistência que permitiu a realização deste ato tão expectante e com resultados gratificantes para o país e não só”. “Este workshop foi uma grande iniciativa do FRESAN [Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola]”. Agora, “arregacemos as mangas para, juntos e alinhados, prosseguirmos até atingir os resultados concretos desta missão”.
Georgina Marques, Chefe do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE), mencionou que este evento foi muito importante para “a harmonização dos modelos”, rumo a uma uniformização entre a inserção digital dos dados e os modelos físicos de recolha de informação. “A análise dos indicadores e dos dados recolhidos de saúde materno-infantil, com enfoque na nutrição, permitirá uma maior padronização dos mecanismos de gestão da informação em rotina”, afirmou Sofia Rodrigues, Perita em nutrição na Unidade de Implementação do programa FRESAN.
O FRESAN é uma iniciativa do governo de Angola, financiada pela União Europeia, cogerida e cofinanciada pelo Camões, I.P. Pretende contribuir para a redução da fome, da pobreza e da vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional no Cunene, na Huíla e no Namibe, sobretudo através do reforço da resiliência e da produção agrícola familiar sustentável, da melhoria da situação nutricional das famílias e do apoio ao desenvolvimento de capacidades nas instituições.