O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) encontra-se, de 7 de outubro a 3 de novembro de 2022, no sul de Angola para mais uma missão com vista à implementação das atividades relacionadas com o desenvolvimento do Sistema de Informação e Alerta Rápido para a Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) no país, no âmbito do Programa FRESAN.
De 12 a 28 de outubro, as províncias do Cunene, Huíla e Namibe acolhem a Formação de Nível 1 em Análise de Indicadores Agroclimáticos, direcionada para técnicos e investigadores de entidades parceiras do FRESAN que são potenciais utilizadoras das plataformas agroclimáticas previstas pelo Programa. Esta formação é dinamizada por 11 formadores do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) e do Departamento Nacional de Segurança Alimentar (DNSA), anteriormente capacitados pelo IPMA.
A missão pretende também assegurar a conclusão da instalação e a operacionalização de seis estações meteorológicas automáticas nas províncias do projeto para medição e registo de variáveis meteorológicas / climáticas que permitam a previsão do tempo e a caracterização do clima no sul do país.
Esta atividade, apoiada pelo IPMA, representa mais um passo para a construção de um SISAN - Sistema de Informação e Alerta Rápido para a Segurança Alimentar e Nutricional em Angola, que vai integrar diferentes subsistemas. Um dos subsistemas a desenvolver no âmbito do FRESAN será o de informação agroclimática, do qual resultam a plataforma de monitorização agroclimática e, futuramente, a plataforma de vigilância e previsão agroclimática e a plataforma de cenários de clima futuro. Este subsistema fornecerá ao SISAN dados de satélite e de superfície sobre precipitação e temperatura, estado da vegetação, stress hídrico, entre outros, que serão analisados pelo SISAN.
O FRESAN é uma iniciativa do governo de Angola, financiada pela União Europeia, cogerida pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, IP. Pretende contribuir para a redução da fome, da pobreza e da vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional no Cunene, na Huíla e no Namibe, sobretudo através do reforço da resiliência e da produção agrícola familiar sustentável, da melhoria da situação nutricional das famílias e do apoio ao desenvolvimento de capacidades nas instituições.