Terminaram, a 16 de junho de 2022, os trabalhos da Conferência do Clima de Bona da Conferência das Partes da Convenção para as Alterações Climáticas (UNFCCC), que visaram estabelecer um diálogo técnico entre as Partes da Convenção do Clima, com o objetivo de progredir a implementação da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas e do Acordo de Paris.
A delegação portuguesa, composta por representantes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., participou na perspetiva do aprofundamento da Cooperação para o Desenvolvimento, no domínio da ação climática, junto dos países parceiros.
Entre 6 e 16 de junho de 2022, cerca de cinco mil delegados das Partes signatárias da Convenção, Agências Internacionais e ONG participaram nos trabalhos desta reunião técnica dos Órgãos Subsidiários da UNFCCC, que também visaram contribuir para a preparação da 27.ª Conferência das Partes (COP27), que terá lugar no mês de novembro de 2022, no Egipto.
Tendo em vista o aumento da ambição da ação climática global, foram registados progressos em vários dos dossiês técnicos inscritos na agenda, tendo-se iniciado o diálogo técnico para a preparação da avaliação global do cumprimento das metas do Acordo de Paris (Global Stocktake). Os trabalhos irão prosseguir em Sharm el-Sheik, sob a égide da Presidência egípcia da COP27, com destaque para a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa e aumentar a resiliência da adaptação às alterações climáticas e o apoio financeiro aos países em desenvolvimento para a ação climática.
Na perspetiva da Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, que irá ter lugar em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022, importa assinalar a realização da 1.ª sessão do Diálogo sobre Oceanos e Alterações Climáticas, que visa promover a integração desta temática na Convenção e contribuir para aprofundar o conhecimento do nexo Oceanos-Clima e o contributo dos Oceanos para enfrentar a crise climática, nomeadamente na produção de energias renováveis, na descarbonização do transporte marítimo, no fomento das pescas e aquicultura sustentáveis e na proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros para promover a ação climática.