O festival ‘Parfums de Lisbonne’ mantém a sua promessa feita em 2007 de criar, na transição da primavera para o verão, um espaço de trocas culturais entre Paris e Lisboa, através de um programa multidisciplinar.
Mas, nesta sua 7ª edição, é notório o crescimento conhecido ao longo dos anos pelo festival das «urbanidades cruzadas», que decorre em 2013 sob o signo da pergunta «Pecados capitais ou capitosos?». Este ano, está-se para lá das pequenas representações no pátio frente ao café Lapeyronie, em Beaubourg, perto do imponente Centro Georges Pompidou, pela companhia de teatro ‘Cá e Lá’, dirigida por Graça dos Santos, dramaturga e professora na Universidade de Paris X/Nanterre.
A Mediateca Theodore Monod, a Casa de Portugal/Residência universitária André de Gouveia, para além dos tradicionais Lapeyronie – Torréfacteur & Leroy Merlin e do cinema MK2 Beaubourg, e ainda a Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, e o Museu Soares dos Reis, no Porto, acolhem o festival que inclui na sua programação, de 18 de maio a 20 de junho, dança, artes plásticas, cinema, música, debates literários e sessões de poesia.
A abertura da 7ª edição dos ‘Parfums de Lisbonne' tem lugar formalmente a 25 de maio no Lapeyronie – Torréfacteur & Leroy Merlin com uma performance interpretada e dançada na rua pelos atores da companhia ‘Cá e Lá’ e pelos bailarinos do grupo A2, no âmbito da qual o artista plástico jjpetit apresentará uma «instalação efémera». Artista esse que, depois, à noite inaugurará a sua exposição na Lapeyronnie no quadro da 5ª edição de «Nomades, aux sources de la création dans le Haut-Marais».
Os atores da companhia da companhia ‘Cá e Lá’ estarão repetidamente presentes ao longo da programação do festival. Primeiro, quando da ‘conferência espetáculo’ de Graça dos Santos, a 6 de junho, na Médiathèque Théodore Monod, sobre a cultura portuguesa, com leituras e música e o canto de Augusto Velloso-Pampolha e Rosa Ferreira. Depois, a 19 e a 20 de junho, na Casa Fernando Pessoa e no Museu Soares dos Reis, em sessões em que Tahar Bekri e Ana Luísa Amaral dirão os seus textos em francês e português e em que haverá leituras bilingues de Graça Santos e José Manuel Esteves e os atores da companhia.
Ainda no campo da literatura, os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa serão assinalados a 13 de junho na Casa de Portugal/Residência universitária André Gouveia, com leituras e performances sobre textos do poeta.
Como é habitual, o cinema tem lugar de destaque na programação, tendo como palco a sala MK2 Beaubourg. No ciclo ‘Olhares sobre o cinema lusófono - filmes e debates’, serão projetados a 1 de junho Tabu, de Miguel Gomes, a 8 de junho O Gebo e a Sombra, de Manoel Oliveira, e a 15 de junho A Última Vez que Vi Macau, de João Pedro Rodrigues e de João Rui Guerra da Mata. Nos três casos deste ciclo realizado em colaboração com Centro Cultural Português/Camões, IP e a cátedra Lindley Cintra da Universidade de Paris Ouest Nanterre, seguir-se-ão debates à exibição das obras.