Luanda: #escritordomes dedicado a Pepetela
Descrição
O Camões – Centro Cultural Português em Luanda propõe, para a segunda edição da sua rubrica #escritordomes do ano 2023, o escritor angolano Pepetela, pseudónimo literário de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos. O evento decorrerá no dia 2 de março de 2023, pelas 18h00, no Auditório que coincidentemente o homenageia, tendo sido instituído como Auditório Pepetela, aquando da atribuição do Prémio Camões, no ano de 1997.
A edição do mês de fevereiro será realizada com um dos maiores escritores da literatura angolana, com obras publicadas, na sua maioria, após a independência do país e traduzidas em mais de 15 línguas. Pepetela recebeu diferentes prémios internacionais entre eles o Prémio Especial dos Críticos de São Paulo, em 1993 e o Prémio Camões, em 1997. A rubrica mensal #escritordomes destina-se a promover os autores literários que escrevem em língua portuguesa, congregando mensalmente estudantes, escritores, leitores e apreciadores da literatura.
A produção do #escritordomes é da responsabilidade da agência criativa Art Sem Letra e consiste na apresentação da vida e obra do escritor, abrindo também um espaço de interação direta com os seus leitores. A participação na atividade é livre, sujeita ao número de lugares existentes.
Nota biográfica
Pepetela nasceu em Benguela, a 29 de outubro de 1941. Participou diretamente na luta armada como guerrilheiro e desempenhou os cargos de Diretor de Departamento de Educação e Cultura e do Departamento de Orientação Política. De 1975 a 1982 foi Vice-ministro da Educação, passando posteriormente a lecionar Sociologia na Universidade de Luanda. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos. Adotou como nome de guerra Pepetela, que significa “pestana”, na língua Umbundo, e que mais tarde passou a utilizar como pseudónimo literário.
Segundo alguns críticos literários, Pepetela tem-se revelado um escritor singular, capaz de desconstruir o discurso nacionalista, articular a sua ficção com as transformações da história e da sociedade angolana e com as exigências de um pensamento novo diante da realidade de seu país, que hoje pouco tem a ver com o idealizado no processo de independência.