Luanda: escritor do mês – Maria Teresa Horta
- Calendário
- Camões, I.P.
- Data
- 06.02.2019 - 25.02.2019
- Localização
- Centro Cultural Português em Luanda
Descrição
Na 13.ª edição/fevereiro de 2019 do “Escritor do Mês na Biblioteca Camões”, será revisitada a obra da escritora portuguesa, Maria Teresa Horta, nos dias 6 e 25 de fevereiro de 2019, a partir das 10h00, no Camões – Centro Cultural Português de Luanda.
Figura de destaque na poesia contemporânea portuguesa, esteve ligada, nos anos sessenta do século passado, ao movimento de renovação da música portuguesa, tendo pertencido, nessa mesma época, ao Grupo Poesia 61. Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa e ingressou no jornalismo, tendo sido coordenadora do Suplemento “Literatura e Arte”, do jornal “A Capital”. Posteriormente foi crítica literária no jornal “Expresso” e chefe de redação da revista “Mulheres”.
Interessada pelo cinema, dedicou-se durante largos anos ao movimento cineclubista, tendo realizado com António Macedo a curta-metragem “Verão Coincidente”, baseada num poema seu, editado em 1962. Foi a primeira mulher dirigente de um cine-clube (ABC Cine-Clube, em Lisboa).
Desde muito cedo, assumiu-se como feminista, tendo dedicado grande parte da sua vida à luta das mulheres. Foi uma das organizadoras do Movimento de Libertação da Mulher em Portugal. Nesta linha, viu dois dos seus livros proibidos pela censura do Estado Novo e respondeu em Tribunal num processo que gerou grande polémica pela publicação do livro “Novas Cartas Portuguesas” (1972), do qual foram coautoras Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. O processo ficou conhecido como “Processo das três Marias”.
Em março de 2004, foi condecorada com a Grande Ordem do Infante D. Henrique e, em 2011, recebeu o Prémio D. Dinis pela Fundação Casa de Mateus, pela obra “As Luzes de Leonor”.
Tem uma extensa lista de obras de poesia publicadas, entre as quais, “Espelho Inicial” (1960), “Tatuagem” (1961), “Cidadelas Submersas” (1961), “Verão Coincidente” (1962), “Amor Habitado” (1963), “Candelabro” (1964), “Jardim de Inverno” (1966), “Cronista não é Recado” (1967), “Minha Senhora de Mim” (1967), “Educação Sentimental” (1975), “As Mulheres de Abril” (1976), “Poesia Completa I e II” (1960 -1982), “Os Anjos” (1983), “Minha Mãe, Meu amor” (1984), “Rosa Sangrenta” (1987), “Antologia Poética” (1994), “Destino” (1998), “Só Amor (1999), “Antologia Pessoal (2003), “Inquietude” (2006), “Les Sourcières” (2006), “Cem Poemas + 21 Inéditos” (2007), “Poemas do Brasil” (2009), “Poesia Reunida (1960-2006)” (2009), “As Palavras do Corpo” (Antologia de Poesia Erótica – 2012), “Poemas para Leonor” (2012), “Poesis” (2017), “Estranhezas” (2018). Na ficção tem também diversas obras publicadas, designadamente “Ambas as Mãos sobre o Corpo” (1979), “Novas Cartas Portuguesas” (1971), “Ana” (1974), “O Transfer” (1984), “Ema” (1984), “A Paixão Segundo Constança” (1994), “A Mãe na Literatura Portuguesa” (1999), “As Luzes de Leonor” (2011), “A Dama e o Unicórneo” (2013), “Meninas” (2014).