Adis Abeba: Exposição sobre a rede "Aldeias Históricas de Portugal"
Descrição
A exposição From Portugal to Ethiopia: Historical Villages, concebida por Guilherme Calado e Isabel Boavida, vai ser inaugurada no dia 4 de novembro de 2019 e estará aberta ao público até 1 de dezembro de 2019, no Museu de Adis Abeba, com o apoio do Camões, I.P., da Embaixada de Portugal e da Rede de Aldeias Históricas de Portugal.
Esta exposição fotográfica e documental pretende dar a conhecer ao público etíope as 12 aldeias que formam a Rede de Aldeias Históricas de Portugal, numa lógica de promoção e divulgação das culturas e modos de vida rurais tradicionais, evidenciando a universalidade transversal dos mesmos, que são agora confrontados na Etiópia por um processo de acelerada urbanização. Num plano político-cultural, a exposição pretende apresentar um possível modelo de referência para o desenvolvimento local/regional e de turismo sustentável na Etiópia, país onde não existe uma rede integrada para a proteção e promoção do património.
Este projeto expositivo integrou o plano de formação e investigação sobre o património, e de práticas em organização de eventos de duas cadeiras do curso de licenciatura Línguas Europeias Modernas, Variante em Português e Italiano, da Universidade de Adis Abeba, um programa igualmente apoiado pelo Camões, I.P. Os estudantes do curso colaboram na parte logística da exposição, na comunicação com os meios de comunicação locais e na tradução dos textos expositivos do inglês para o amárico, a língua de comunicação oficial da Etiópia. Após formação específica, durante o mês de abertura da exposição, ajudarão também no acolhimento aos visitantes do museu, colaborando como guias.
From Portugal to Ethiopia: The Historical Villages contará a história de cada aldeia a partir de um ou mais objetos, que são acompanhados de um texto explicativo e de fotografias. Os objetos selecionados vão desde o souvenir comum ao produto tradicional reinventado, passando pelo simples elemento que caracteriza uma aldeia. Por exemplo, um porta-chaves com uma marafona, de Monsanto, amêndoas preparadas com diferentes condimentos, de Castelo Rodrigo, ou um fragmento de xisto, de Piódão. Em dois casos, adicionamos ao objeto português um semelhante etíope. A cesta em bracejo de Sortelha é complementada por uma cesta da região central da Etiópia. A flauta de pastor de Idanha-a-Velha é acompanhada por uma flauta em bambu do Godjam. Provoca-se, deste modo, o diálogo intercultural a aproximar Portugal e a Etiópia.