Figuras da Cultura Portuguesa
Joaquim de Carvalho
Por Carlos Leone
Joaquim de Carvalho representa na cultura portuguesa contemporânea uma das primeiras figuras do século XX a optar pela especialização universitária enquanto modo de intervenção no espaço público. Apesar de a maior parte do seu trabalho, e da sua vida, ter decorrido na primeira metade do século, a sua Obra é bem representativa de uma transição crucial ocorrida em meados do século, sobretudo entre meados dos anos 1940 e meados da década de 1960, a especialização do discurso crítico que, no seu caso, foi feita pela história da filosofia.
Jorge de Sena
Por Jorge Fazenda Lourenço
Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de novembro de 1919, e faleceu em Santa Barbara, na Califórnia, a 4 de junho de 1978. É hoje considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do nosso século XX.
Jorge Peixinho
Por Manuel Pedro Ferreira
Jorge Peixinho (1940-1995) foi um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, tendo tido um papel fundamental na atualização do panorama musical do país entre 1961 e meados da década de 1980, não apenas através da sua atividade criativa, mas também enquanto incansável divulgador, ensaísta e intérprete. A sua obra, em que se deteta uma progressiva evolução estilística, conjuga com uma crescente originalidade a flexibilidade da ideia ou da execução musical e o rigor da escrita.
José Augusto Seabra
Por Arnaldo de Pinho
José Augusto Seabra, poeta, ensaísta e crítico, exerceu também notável ação política, diplomática e cívica
Nascido a 1937 em Vilarouco (Alto-Douro), viveu a infância em Peroselo (Penafiel), tendo a seguir frequentado as Universidades de Coimbra e Lisboa, onde se licenciou em Direito em 1961.
José Cardoso Pires
Por Eunice Cabral
José Augusto Neves Cardoso Pires nasce a 2 de outubro de 1925, na aldeia de Peso, no distrito de Castelo Branco, mas vem para Lisboa com poucos meses de idade. Fixa residência nesta cidade, onde morre a 26 de outubro de 1998. É reconhecido como um dos mais importantes escritores portugueses da segunda metade de século XX.
José Gomes Ferreira
Por Fernando J. B. Martinho
José Gomes Ferreira (1900-1985) nasceu no Porto, em 1900. Publicou em 1918 e 1921, respetivamente, duas coletâneas poéticas, Lírios do Monte e Longe, que mais tarde retirou da sua bibliografia. Só em 1931, depois de ter exercido funções de Cônsul de Portugal em Kristiansund, na Noruega, encontra verdadeiramente a sua voz num poema, “Viver sempre também cansa”, que dá a público na revista presença, nesse mesmo ano.
José Leite de Vasconcelos
Por Elisabeta Mariotto
José Leite de Vasconcelos Pereira nasceu em Ucanha, concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Passou a infância e a adolescência no meio rural, onde teve contacto com as tradições e os costumes locais. Aos 18 anos, deixou a Beira para ir viver no Porto, onde exerceu a atividade de docência, num liceu, para ajudar no sustento da sua família.
José Rodrigues Miguéis
Por Teresa Martins Marques
Escritor português (Lisboa, 1901 - Nova Iorque, 1980). Licenciado em Direito (Lisboa, 1924) e em Ciências Pedagógicas (Bruxelas, 1933). Foi temporariamente advogado, delegado do Ministério Público e professor do ensino secundário. Atento à imprensa periódica, colaborador d’A República e da Seara Nova, dirige o semanário O Globo (1933) com Bento Caraça e envolve-se em movimentos de intervenção cívica democrática.
Leonardo Coimbra
Por Pedro Calafate
Natural da vila da Lixa, próximo de Amarante, foi uma das figuras mais proeminentes do movimento da Renascença Portuguesa, que fundou, juntamente com Teixeira de Pascoaes, António Sérgio e Raul Proença entre outros. Entre 1919 e 1931 foi professor de Filosofia na Faculdade de Letras do Porto, por ele criada quando, pela primeira vez, ocupou o cargo de ministro da Instrução Pública.
Lindley Cintra
Por Ivo Castro
Luís Filipe Lindley Cintra é uma das figuras principais da Linguística portuguesa. Toda a sua atividade científica foi desenvolvida na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou e doutorou em Filologia Românica (respetivamente em 1946 e 1952) e onde exerceu toda a sua atividade docente, de assistente (1950-1960) a professor extraordinário (1960-1962) e catedrático (de 1962 até à morte).